Vaporar não é fumar. É reduzir os danos causados pelo tabagismo.

Se você é um vaper como eu, provavelmente já ouviu falar que os cigarros eletrônicos são tão prejudiciais (ou até mais) do que um cigarro convencional. Eu entendo esse sentimento de desconfiança, afinal, já pensei da mesma forma. Mas, depois de pesquisar o que a ciência diz sobre o assunto, comecei a repensar minhas crenças.

Como conheci o vapor

(e tudo o que eu sabia na época)

Quando eu conheci o mundo do “vape”, lá por meados de 2016, eu tinha apenas duas informações sobre a nova tecnologia: que ela seria uma alternativa para quem deseja parar de fumar e que havia sido proibida pela ANVISA no Brasil em 2009. Mesmo assim, decidi experimentar para ver se funcionava. Na época, eu estava completando um ano daquela dança agoniante que é tentar parar de fumar.

Era uma medida acertada para 2009, quando pouco se sabia sobre os cigarros eletrônicos. Mas, já estávamos 2017, oito anos após a resolução e fiquei curioso em entender o que outros países estavam fazendo sobre o assunto. Foi então que descobri o que o sistema de saúde do Reino Unido, considerado o melhor do mundo estava fazendo em relação aos e-cigs

O que a ciência diz a respeito

(os links com as fontes são cortesia da casa – apreciem sem moderação)

Um dos motivos pelos quais os cigarros eletrônicos são considerados menos prejudiciais é porque eles não queimam tabaco, o que significa que eles não emitem as mais de 7.000 substâncias químicas tóxicas presentes no cigarro tradicional. Em vez disso, eles aquecem uma solução líquida (o e-líquido ou mais conhecido apenas como “juice”) que pode conter nicotina, sabor e outros componentes.

É claro que os cigarros eletrônicos não são isentos de riscos. Eles ainda contêm nicotina, que é uma substância altamente viciante, e podem ter efeitos a longo prazo desconhecidos. No entanto, os estudos até o momento (inclusive os listados acima) sugerem que os riscos são significativamente menores do que os associados ao cigarro convencional.

Em resumo, o modelo britânico de saúde pública tem sido bastante favorável aos cigarros eletrônicos como uma alternativa menos prejudicial ao cigarro convencional.

A ciência tem apontado cada vez mais para a eficácia dos e-cigs como uma ferramenta para ajudar as pessoas a parar de fumar.

Vaporar é reduzir os danos do tabagismo

Com base nas informações divulgadas pelo sistema de saúde britânico, podemos afirmar que vaporar é uma alternativa muito mais segura do que fumar tabaco convencional. Isso porque a grande maioria dos danos causados pelo tabagismo está associada à combustão da matéria orgânica do cigarro, que libera uma série de substâncias tóxicas e carcinogênicas.

Nos cigarros eletrônicos, o aquecimento da solução líquida (conhecida como e-liquido) não ocorre por combustão, mas sim por meio de um processo de vaporização, que não produz essas mesmas substâncias tóxicas e carcinogênicas. Isso já é um indicativo de que vaporar pode sim reduzir os danos do tabagismo.

Desse modo, a decisão de vaporar ou pode ser vista como uma questão de redução de danos, já que, para aqueles que não conseguem ou não querem parar de fumar, vaporar é uma alternativa muito mais segura e menos prejudicial do que o tabagismo convencional.

Para refletir: Se o SUS e a ANVISA aceitam o que a ciência diz a respeito das terapias de reposição de nicotina, por que não aceitam a ciência quando o assunto são os cigarros eletrônicos? Por que não podem seguir o exemplo do Reino Unido que tem o melhor sistema de saúde do mundo?

Regularize já!

Uma regulação justa em relação aos cigarros eletrônicos é benéfica para a sociedade, reduzindo a taxa de tabagismo e melhorando a saúde pública.

A regulamentação adequada pode garantir a segurança e eficácia dos produtos, além de proteger jovens e adolescentes dos possíveis riscos à saúde.

É fundamental que haja uma regulação equilibrada que leve em conta tanto a saúde pública quanto os direitos dos consumidores, garantindo o uso seguro e responsável dos cigarros eletrônicos.