1 – “O cigarro eletrônico tem nicotina, o usuário continua usando o dispositivo no lugar do cigarro convencional, eu chamo de chupeta do diabo, pois vicia e a pessoa não para de usar.” Segundo a cardiologista Jaqueline Scholz
Temos que olhar para o ecig como uma política de redução de danos. A pesquisa Dr. Peter Jalek, da Queen Mary University of London, concluiu de que o cigarro eletrônico, como método de parar de fumar (e se manter sem fumar) tem o dobro de eficácia quando comparados aos métodos tradicionais, como chicletes, balas e adesivos de nicotina.
Além disso, se a transição for feita em conjunto com suportes motivacionais, como grupos de ex fumantes, por exemplo, o sucesso pode chegar a até 95% de eficácia, segundo um estudo da University College of London. Outro ponto da mesma pesquisa questiona os métodos tradicionais, que conseguem no máximo 34% de sucesso. Percebemos um conflito na utilização do termo “parar de fumar”. Afinal, o problema é a nicotina ou o alcatrão e o cancer?
2 – “O cigarro eletrônico tem nicotina, então gera dependência e perpetuação. Por isso que não é tratamento de tabagismo. As pessoas ficam expostas a altas concentrações de nicotina e processos inflamatórios. Ambos fazem mal.” Ela finaliza afirmando que as evidências estão bem estabelecidas.
No estudo apresentado pela médica, foram testados somente 6 usuários, enquanto isso existem outros estudos com um número maior de usuários, que não refletem a fala dessa médica, que fez essas afirmações mas não apresentou mais nenhuma evidência. Afinal, segundo o sistema de saúde britânico, vaporar é 95% menos nocivo do que fumar. O Vape já é adotado como método antitabagista no Reino Unido, Nova Zelândia e outros países. Porém, no Brasil, os médicos ainda brigam contra a nicotina, quando deveriam estar prevenindo o câncer e tabagismo. Não existem estudos que apontem que a nicotina seja cancerígena.
3 – “O cigarro eletrônico não é mais seguro que usar um cigarro convencional. É a história do veneno, tanto faz se tomar duas gotas ou dez gotas, se duas gotas matarem, é a mesma coisa.” A médica chama atenção para estudos afirmando que os ecigs fazem mal ao coração, mas não apresenta os estudos.
Aqui cabe a máxima: o que define se é veneno ou remédio é a dose. Novamente, é redução de danos, não estamos afirmando que é 100% seguro, mas fazer terrorismo não adianta nada. Dessa maneira estarão gerando medo e impedindo que fumantes passem para métodos de redução de danos. Segundo o estudo do Dr. Polosa sobre impactos na saúde dos usuários de cigarro eletrônico, após acompanhamento de vapers não fumantes por 3 anos e meio, não foram detectados danos significativos na saúde dos usuários.
4 – “Nos Estados Unidos o cigarro eletrônico é um problema de saúde pública, teve um óbito que está sendo investigado e a culpa é do cigarro eletrônico.”
Já afirmamos que há controvérsias sobre o problema de saúde pública dos estados unidos. A média apresentada de 15% dos adolescentes estarem viciados em vape é um número inflado, verificamos isso através dos próprios dados do CDC americano. O óbito que a médica cita, é referente a morte de um usuário envenenado através de cartuchos falsificados de cannabis, contendo óleo de THC, que também são vaporáveis, mas através de outro aparelho, diferente do vape que nós usamos e estamos falando aqui.
5 – “Os adolescentes não tinham problemas com nicotina até a chegada dos cigarros eletrônicos.”
Segundo o INCA, o tabagismo é considerado doença pediátrica. 80% dos fumantes começou antes dos 18 anos. Sim, adolescentes e nicotina é um problema bem conhecido no Brasil e deveria ser interesse da saúde pública a existência de produtos que promovam redução de danos.
É direito de todos buscar alternativas para ter mais saúde.
Está naquele livro lançado em 1988, chamado de Constituição Federal.
–Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
https://tinyurl.com/y3yo7ku4 – (2019) A Randomized Trial of E-Cigarettes versus Nicotine-Replacement Therapy.
https://tinyurl.com/y3js9xm8 – (2018) How vaping helps even hardened smokers quit.
https://tinyurl.com/y63a4z88 – (2019) E-cigarettes and heated tobacco products: evidence review.
https://tinyurl.com/yxb4c8nv – (2019) E-cigarettes may double success rates for those quitting smoking
https://www.nature.com/articles/s41598-017-14043-2 – (2017) Health impact of E-cigarettes: a prospective 3.5-year study of regular daily users who have never smoked
https://www.gov.uk/government/publications/e-cigarettes-an-evidence-update – (2018) E-cigarettes: an evidence update